Um Curso de Amor – Os Diálogos – Capítulo 14

Novas fronteiras além do corpo e da mente, da forma e do tempo

Expand Your Consciousness

14.1 Obviamente, a descoberta é mais que a aceitação de tua realização e esses primeiros passos para o estado real de unidade. A descoberta também é consistente com o conceito que a maioria de vós tinha a seu respeito ao longo de vossa vida. Em outras palavras, é consistente com a ação e a aventura de descoberta no mundo à vossa volta.
14.2 Aqui será útil manter em mente a ideia de que “assim como é dentro, também é fora”. Não abandonamos o Ser para explorar, porque o Ser é a fonte e a causa da exploração, assim como é a fonte e a causa da descoberta.

Ainda assim, o Ser é muito mais do que aquilo que experimentaste como tu mesmo no passado.

14.3 O Ser não é separado de nada, não é separado de nada no mundo físico nem no estado de unidade. É por isso que a chave para abrir os segredos de tudo que poderias querer saber antes de iniciar a criação do novo são as ideias que acabamos de explorar, ideias de como ainda podes conhecer aquilo que não é do corpo. E é por isso que essa exploração e essa descoberta necessitam ser convidadas e experimentadas para que podeis vos tornar colaboradores da criação do novo.
14.4 Deixa-me recordar-te novamente de tua invulnerabilidade e das advertências dadas neste Curso com relação a testar essa invulnerabilidade. Em certo sentido, essas advertências diminuíram agora. Embora ainda não devas considerar tua invulnerabilidade como um campo de teste contra o acaso, em certa medida, precisarás lembrar-te de tua invulnerabilidade para ser um verdadeiro explorador, e para participar plenamente na descoberta que está além de corpo e mente, forma e tempo. Precisarás pôr em prática a suspensão da crença que foi mencionada antes. Em resumo, precisarás deixar o conhecido de lado para descobrir o desconhecido.
14.5 Eu sugeriria começar essa exploração com perguntas simples, colocadas no curso de tua vida normal. Perguntas tais como:

Como seria vista essa situação se eu esquecesse tudo o que sabia antes a respeito de situações similares e olhasse para ela de uma nova maneira​?

Realmente preciso preocupar-me com essa situação, ou posso influenciar essa situação simplesmente não me preocupando com ela e permitindo que seja como é, e se desenrole como queira?

Embora eu reconheça que os fatos me diriam que isso ou aquilo é verdade, me pergunto o que aconteceria se eu desconsiderasse os fatos e me abrisse à possibilidade de que era outra coisa?

Essas perguntas poderiam ser feitas em situações tão corriqueiras quanto controlar as contas, ou tão marcantes quanto o diagnóstico de um médico sobre uma doença. Tais perguntas poderiam ser feitas quando aparentemente uma decisão seria necessária, ou quando planos precisariam ser feitos​.
14.6 Um dos maiores benefícios de perguntas como essas é que podem contornar a maneira de pensar que normalmente aplicarias a tais situações. Podem evitar que rotules muitas situações como problemas ou crises. Podem deixar o caminho aberto para a revelação.
14.7 Foi dito frequentemente que a revelação é de Deus, mas lembra-te agora de que Deus não é “diferente de”, e que o Deus que parecia tão distante de ti quando vivias na separação, agora pode ser ouvido, visto e sentido em tuas experiências de unidade.
14.8 Tua abertura não só deixará o caminho aberto para a revelação, mas também para a cooperação. A cooperação surge do Tudo de Tudo estando em harmonia e relacionamento. Quando acreditas que tens necessidade de planejar em vez de receber, quando acreditas que tens motivo para o estresse e o esforço, em vez de simplesmente estar aberto ao que chega, essa harmonia e esse relacionamento não são realizados ou aceitos.
14.9 Tua consciência da harmonia e da cooperação que se estendem naturalmente a partir do estado de unidade, em que tudo existe contigo, já foi favorecida pela ideia de aceitação que levaste antes ao coração, e prepara o caminho para a descoberta, como um constante chegar a conhecer e chegar a ser.
14.10 Chegar a conhecer é o precursor para chegar a ser, o precursor para a manifestação, o precursor para a criação do novo. Prepara o caminho, da mesma maneira que cada passo do aprendizado que era necessário no tempo do aprendizado preparava o caminho para o passo seguinte, e depois para o próximo. No entanto, digo “da mesma maneira” apenas para prover-te um caminho para compreender isso, pois o aprendizado é progressivo, mas a descoberta não. O aprendizado aconteceu por partes em um esforço para levar à completude. A descoberta chega a ti na completude. Assim, esses passos não dizem respeito a partes ou níveis, mas à expansão da tua consciência daquilo que é.
14.11 Expandir é abrir-se para “fora”, estender-se para “fora”, aumentar, tornar-se. Para nós, consiste em trazer para “fora” aquilo que está dentro.

Self-knowledge Self-discovery

À medida que te tornas consciente “dentro” de teu Ser, permites a expansão da consciência no mundo. Assim como é dentro, também é fora. Um explorador que buscava um novo continente a ser “descoberto” primeiramente tornou-se consciente “dentro” da possibilidade da descoberta de algo mais. Assim, a consciência “dentro” tornou-se a consciência “fora”.

14.12 Tornar-se tem total relação com um movimento em direção à forma ou à manifestação. Tu já estás manifestado na forma e, portanto, a ideia de tornar-se, que acompanha a humanidade ao longo do tempo, deve sinalizar um reconhecimento de que o que és não está completo, ainda não se tornou completo, ainda não nasceu totalmente. Vossas formas estão completas no sentido físico de sustentar a vida. Tua forma nasceu e celebraste muitos aniversários do “dia” de teu nascimento desde então, progredindo da infância à adolescência e à maturidade, assim como muitos dias de nascimento de novos aspectos do ser, todos sem tornar-te mais plenamente quem tu és​.
14.13 Mais uma vez, essas ideias podem ser comparadas às ideias estabelecidas em um “Tratado sobre a unidade e seu reconhecimento”, quando foi dito que “um tesouro que ainda não reconheces será reconhecido. Uma vez reconhecido, começará a ser considerado uma habilidade. E, finalmente, através da experiência, se tornará vossa identidade.” Esse tesouro é a nova maneira de pensamento estabelecida em um “Tratado sobre a arte do pensamento”, o pensamento que é o milagre ou a prontidão para o milagre, o pensamento que vem da unidade e que se estende se expressa através de tua forma, elevando, assim, o ser da forma. É a consciência, a aceitação e a descoberta daquilo que está além da forma e que permite que aquilo que está além da forma comece a transformar-se para expressar-se na forma. Consciência, aceitação e descoberta são, em suma, aquilo que permite que a forma se torne o algo a mais que busca tornar-se há muito tempo.
14.14 Assim, o que é descoberto é descoberto no estado de unidade. É descoberto por meio de tua consciência de que tens acesso ao estado de unidade, assim como pelo que descobres ali, e se torna apenas através da expressão que tu dás a ele. Aqui, tornar-se poderia ser colocado também como aquilo que se torna conhecido e é compartilhável em relacionamento, o que se realiza através da expressão de pensamentos, sentimentos, arte, beleza, interações gentis ou milagres. Aquilo que é real no estado de unidade é o que é real e, no entanto, ainda não conhecias essa realidade, ainda que a memória mais sutil desse estado esteja por trás de teu empenho para tornar-te. Agora, começas a ver a vastidão do que se quer dizer com a criação do novo.

O que se quer dizer com a criação do novo é a criação de uma nova realidade.

14.15 Essa realidade começa com a consciência do que está além de corpo e mente, forma e tempo. Prossegue para a aceitação dessa consciência e para sua adoção como habilidade, para então tornar-se tua nova identidade. Prossegue para a transformação de que falamos: o ato de tornar-se o Ser elevado da forma. Portanto, estás entrando no tempo de tornar-te, no tempo de tornar-te o novo tu que precede a criação do novo mundo. Pois, como já foi dito: assim como é dentro, também é fora.
14.16 Ser completo é ser presente. Ser completo é ser tudo o que tu és. Ser completo é ser presente como tudo o que tu és. Quando isso ocorre, tu és Tudo em Tudo, o Um em essência com Teu Pai.
14.17 Essa totalidade do ser é o que está além de corpo e mente, forma e tempo. Tornar-se o Ser elevado da forma é tornar-se completo, e será o caminho pelo qual fonte e causa transformam corpo e mente, forma e tempo.

Capa do livro Um Curso de Amor

A fonte do que você busca fora se encontra dentro de você.

CONHECE A TI MESMO e comece a viver a vida que sempre quis.