Recupere a sua liberdade

Não há nada tão debilitante quanto sentir-se limitado, restrito, explorado, forçado a fazer o que não está alinhado com o nosso ser ou a viver de acordo com padrões com os quais não estamos de acordo.

Todos sentimos um desejo inato de liberdade, de vivermos nossa vida livremente—livres de estresse, de lutas, de medo, de preocupações, de sentimentos de culpa ou de vergonha, de problemas recorrentes—, com liberdade para nos expressarmos e sermos felizes. Liberdade financeira também é almejada por muitos de nós.

Mas por onde começar? Como alcançar essa liberdade expansiva que nos permitirá sentir que tudo flui sem esforço em nossa vida? Um Curso de Amor (UCDA) tem uma mensagem importante para nós:

Em verdade, te digo que, enquanto não vives como quem tu és e não fazes aquilo que amas, estás na prisão. Torna-te o autor de tua própria vida. Vive-a como te sentes chamado a vivê-la.

Não podemos construir o novo sobre as paredes da prisão do velho. Deves deixar para trás tudo aquilo que te aprisiona. Não vês que deves começar contigo mesmo? Que se não estiveres disposto a reivindicar tua liberdade, ela não te reivindicará?

Não precisamos ficar esperando por um futuro melhor para sentirmos a liberdade transformadora que surge quando começamos a viver como quem realmente somos. Nosso verdadeiro Ser é inerentemente livre, criativo e expansivo. Mas em geral estamos desconectados de nossa natureza verdadeira.

Você não é inadequado; você não é um perdedor; você não é mais nem menos que ninguém; você não precisa ser validado para se sentir valioso; suas notas na escola ou seu salário não determinam o seu valor; você é completo e não carece de nada. Escute isto:

Tu te sentes belo, apreciado e digno? Então, assim serás. É por isso que toda busca deve se voltar para dentro, em direção ao coração, onde habita o verdadeiro Ser. Não há nada mais que libertará quem tu és, exceto a liberação do sistema de pensamento do ego.

Um Curso de Amor

É por isso que o propósito de UCDA é te auxiliar a reconhecer sua verdadeira identidade, seu autêntico Ser. Até que você chegue a essa realização, tudo o que você obtiver se tornará mais uma distração que tolherá sua liberdade.

A verdadeira liberdade brota de seu real Ser. Abra-se para escutar uma nova voz, para ser guiado por uma força maior que iluminará o seu caminho com sabedoria e amor.

Em vez de se apoiar na esperteza de seu intelecto para te ajudar a inventar planos para te libertar do que está te limitando, aceite a guia de uma fonte superior—sua própria plenitude de coração, ou seja, uma inteligência ou consciência que faz parte de seu Ser em unidade em vez do ser separado. Deixe que o poder da criação passe através de você.

Você está convidado a aceitar seu Ser e a abraçar o poder da ação livre de esforço, em vez de continuar com o antigo padrão de luta e tensão.

Agora, permite a ti mesmo vivenciar tua chegada, teu retorno ao teu verdadeiro lar, teu retorno ao teu Ser. Ri. Chora. Grita ou lamenta. Dança e canta. Tece uma nova rede. A rede da liberdade. Em outras palavras, expressa teu Ser!

Tu, que não confias em teus sentimentos, que não confias em tua capacidade de responder, que ainda não sentes a liberdade do novo, permite a ti mesmo fazê-lo agora.

Permite que a liberdade reine, pois teu consentimento, tua escolha e tua permissão farão com que isso seja assim. Apenas tu podes impedir-te agora. A única permissão que sempre precisaste era a tua própria.

Liberdade nada mais é do que liberdade de expressão. Ninguém pode privar-te da liberdade do que tua mente pensaria ou que teu coração sentiria. No entanto, sem a capacidade de expressar o que a mente pensaria e o coração sentiria, a liberdade deixa de existir.

Ainda assim, não é uma fonte externa que deves temer ou contra a qual deves proteger tua liberdade. Não é ninguém, senão tu mesmo, que não te permitiu a liberdade de expressão.

Neste momento você pode estar se perguntando se você está preparado para retornar ao seu verdadeiro Ser e se dar permissão para expressá-lo livremente.

A maioria de nós provavelmente tem uma imagem ou modelo mental de como seria viver a partir do Ser impessoal, eterno e espiritual que somos. Ouvimos histórias de personagens religiosos, líderes espirituais ou gurus que exibiram poderes psíquicos ou que discursaram eloquentemente sobre conceitos filosóficos.

Embora tais imagens idealizadas de seres iluminados possam ter nos ajudado a compreender que é possível viver uma vida menos ordinária, neste momento precisamos nos dar conta de que tais imagens de um Ser idealizado acabam se tornando um obstáculo para chegarmos a reconhecer nosso autêntico Ser.

A imagem do ser ideal que manténs em tua mente, independentemente da forma que tome, ainda é uma imagem, e deve ser deixada para trás se queres viver a liberdade.

Da mesma maneira em que podes ter acreditado que, se trabalhasses o suficiente, alcançarias uma posição de destaque em tua profissão, ou riqueza material, também acreditavas que, se trabalhasses o suficiente, talvez, algum dia, se fores abençoado ou afortunado, poderias alcançar essa imagem ideal.

No entanto, essa imagem ideal é um produto da ilusão, assim como o eram todas as tuas metas mundanas. Como poderás reconhecer, ou tornar real, o Ser que és se te esforças para ser outra coisa?

Todas as ideias tais como as ideias de avanço ou de iluminação são construções mentais. São predeterminações.

Se não aceitas teu Ser como és agora, não te moverás da imagem para a presença. Se não te moves da imagem para a presença, nunca realizarás tua liberdade. Se não realizas tua liberdade, não realizarás teu poder.

Representar uma imagem é tornar-se uma imagem. Tornar-se uma imagem, mesmo uma imagem idealizada, ainda é tornar-se um falso ídolo, ou até mesmo aquele que é mais comumente considerado um líder espiritual ou guru. Os verdadeiros líderes espirituais ou gurus não necessitam nem desejam serem vistos como tais.

Tu és “igual” ou “tão” realizado quanto cada ser iluminado que já existiu. No entanto, sem reconhecer isso, tua expressão única de tua realização não será reconhecida.

Não podes expressar a beleza e a verdade de quem outro é. Não podes expressar a beleza e a verdade de um ser futuro. Podes apenas expressar a beleza e a verdade de quem tu és agora, no presente. E fazes isso.

Tua liberdade depende de tua capacidade de desistir de tuas imagens, sobretudo da imagem que manténs de um ser ideal. Depende de tua capacidade de aceitar que tu és teu ser ideal. Sim, mesmo agora, com todas as tuas aparentes imperfeições.

Um Curso de Amor