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Expandindo nossa visão de nós mesmos com o “sim”

Publicado por Mari Perron na newsletter “O Abraço” (Edição 18) que veicula mensalmente no site acourseoflove.org

Mari Perron

Esse é um ano em que eu diria “sim”. Eu tive a ideia de ter um ano em que eu diria “sim” a tudo o que este Curso me traria antes de ouvir que Shonda Rhimes já havia inventado a expressão um “ano em que disse sim”. Rhimes é a produtora de alguns dos programas de televisão mais populares dos principais canais e seu livro, que um amigo me enviou depois de eu ter usado a expressão dela, se chama Um Ano em que Disse Sim*.

O livro trata, em grande parte, sobre quão amedrontadoras eram para Shonda algumas coisas como falar em público, e como ela se sentia inadequada ao louvar ou reconhecer suas próprias conquistas. Aquilo me tocou… e foi divertido. Eu estava falando disso enquanto cortava o meu cabelo e, então, Tina –  uma mulher de negócios há muito tempo e absolutamente adorável, inteligente, engraçada, linda, que também é minha estilista – disse que ela é exatamente assim. Eu nunca teria imaginado isso. Muitos de nós somos “como” Shonda descreve a si mesma antes do “ano em que disse sim”. Assim como Shonda, temos uma visão limitada de nós mesmos.

Um Curso de Amor está cheio de mensagens que nos pedem que nos libertemos desses pontos de vista limitados. Pode-se dizer que seu tema principal é praticamente nos levar além da “visão limitada” que temos de quem acreditamos ser. Começa logo no Prelúdio, quando ouvimos que o que nos acontecerá é que nos identificaremos corretamente. Nós não somos o eu limitado que acreditamos ser. No segundo capítulo do Curso, Jesus conecta esse tema ao amor: O amor não é algo que fazes. É o que tu és. (C2.6) À medida que prosseguimos, ao mesmo tempo que que nossa humanidade é incluída muitas vezes, há um chamado além desses limites: embora não quererias ser diferente de quem és, quem tu és não é limitado ao conceito de ser humano, tampouco às leis do homem. (C: 15.17)

Mais tarde, à medida que transcendemos o aprendizado e transcendemos nossa autoidentidade como aprendizes, começamos a chegar ao limite de nossa “consciência sujeita ao tempo”, e somos convidados a acolher nossa consciência “eterna”, mesmo enquanto estamos na forma. (T3: 12.4) No “ano em que disse sim”, aceitei um convite para palestrar na conferência de UCEM de 2016 na Comunidade Miracles Center em Las Vegas, que eu aguardava com iguais proporções de expectativa e medo. Toda a mística de Vegas, salas grandes e pessoas que contavam comigo fizeram com que minha mente acelerasse e meu coração palpitasse. Mas, depois de receber alguns outros convites, senti que estava sendo chamada para “sair” da minha vida tranquila e decidi que eu faria uma tentativa.

Eu diria “sim” durante um ano.

Depois de aceitar o convite para a conferência de UCEM, fui convidada para St. Louis. E meu ano começou em St. Louis em março. Depois da conferência de UCEM em abril, visitei quatro grupos na Califórnia. Há algumas semanas eu estava em Santa Fé. Estarei em Sedona em outubro. Uma visita à Filadélfia em fevereiro fechará lindamente o ano em que eu disse sim.

Posso afirmar agora que a maneira como eu via a mim mesma se expandiu. Expandiu minha visão daquilo que sou capaz de fazer, da minha capacidade, da minha aptidão para abrir e compartilhar meu coração de maneira mais ampla, de ser uma pessoa que pode invocar a energia para me mover a fazer e a curtir essas coisas que eu nunca imaginei que poderia. As pessoas que conheci foram as maiores responsáveis por me mostrar que isso é assim. Elas foram o auge, deslumbrantes em sua diversidade e unidas em seu desejo de voltar para casa, para o coração. Suas explorações eram individualmente únicas e universalmente inspiradoras.

Algumas estavam descobrindo uma nova maneira de apreciar o UCEM. Algumas viam uma trilogia formada por UCEM, UCDA e Way of Mastery [Caminho da Maestria]. Algumas ficaram fascinadas com o Caminho de Maria e acolhiam qualidades femininas e formas de ser. Algumas achavam o idioma do amor e o retorno aos sentimentos bastante desafiadores. No geral, havia uma sensação de ruptura e de que havia mais por vir, como se os limites estivessem sendo transcendidos em todos os lugares.

De maneira bastante apropriada, o “diálogo” era a tendência pulsante, borbulhante, o chamado à autoexpressão e à união em relacionamento. Em todo lugar a que fui, tive uma sensação de reunião, quase de parceria, e de um reconhecimento de estarmos nos movendo juntos para o “novo”, um lugar que, como minha amiga Janet Berkowitz disse: “há poucas palavras para descrever. Você só conhece quando vê.”

Um Curso de Amor nos dá uma visão do que é possível.

Se eu tivesse deixado que meu nervosismo ao falar em público me detivesse, eu não teria descoberto que ser quem eu sou pode me conduzir. Ser quem somos pode nos levar a todos os lugares que queremos ir e além de onde imaginamos que a vida foria capaz de nos levar. Quando nos é pedido que deixemos “o velho” para trás, não nos é pedido que deixemos para trás tudo aquilo que constitui quem somos. Apenas nos é pedido que deixemos o ego e seu sistema de pensamento ilusório para trás. Somos convidados a acolher “o real” e a sermos “reais”. Nos é pedido que digamos “sim”. Sim para o amor. Sim para quem somos. Sim para o futuro desconhecido. Sim para o campo indefinível das possibilidades. Sim ao… Novo! Ou como Shonda Rhimes disse muitas vezes:

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim *

*O ano em que disse sim. Como dançar, ficar ao sol e ser sua própria pessoa.